Friday, April 7, 2023

As Plêiades

As Plêiades (M45) são um agrupamento aberto de estrelas com temperatura superficial elevada localizadas na constelação de Touro, portanto emitem em um espectro de luz azul. Sabe-se que esse agrupamento possui aproximadamente mil estrelas e também é possível perceber na imagem nebulosas de reflexão compondo com as estrelas de menor magnitude do aglomerado. Saiba mais sobre as cores nesse post

As estrelas mais brilhantes, aquelas que são visíveis a olho nú são

EstrelaDesignaçãoMagnitude
AlcyoneEta Tauri+2.86
Atlas27 Tauri+3.62
Electra17 Tauri+3.70
Maia20 Tauri+3.86
Merope23 Tauri+4.17
Taygeta19 Tauri+4.29
Pleione28 Tauri+5.09
Celaeno16 Tauri+5.44

As Plêiades são também chamadas de As Sete Irmãs, consequência de citações na mitologia grega, foram transformadas em pombas por Zeus e colocados no céu para fugir das investidas do caçador Órion. É um astro que aparece em inúmeras lendas, mitos e contos de diversas civilizações do passado.
Nos tempos antigos, o movimento dos astros no céu marcavam tempos e épocas do ano. O surgimento de M45 no céu noturno está, por exemplo relacionado, com o início das navegações no Mar Mediterrâneo.

Sunday, April 2, 2023

Nossa jornada evolutiva ainda não terminou



A Astronomia é fascinante, pois quanto mais a humanidade caminha para as profundezas do Cosmos, mais nos sentimos especiais por sermos o que somos e estarmos onde estamos. Por outro lado, revela um paradoxo, pois somos ainda uma civilização Terrestre sem a mínima perspectiva de colonizarmos mundos melhores e ainda estamos caminhando para a destruição daquilo que é o nosso único lar: a Terra.

Com seus séculos de evolução, a astronomia nos passa a sensação que vivemos em uma bolha, um aquário e que nunca saberemos o que existe do lado de fora. Dela vem o entendimento de um Universo observável com quase 14 bilhões de anos de existência e que a ciência nunca conseguirá nos dizer o que existiu antes ou o que existe além desse Universo. Somos uma raça com capacidade limitada de compreensão de tudo aquilo que está ao nosso redor e por esse motivo criamos então nossa própria realidade.

Nosso conhecimento é baseado nas nossas percepções e medidas da natureza. Por mais que melhoremos nossos instrumentos científicos sempre haverá o erro ou o inalcançável. É a evidencia de que nunca saberemos de tudo.

Nessa construção de nossa própria realidade tentamos a Teoria de Tudo, tentamos criar a vida em laboratório, tentamos criar máquinas "inteligentes"...

Espera aí, não somos nós tentando reproduzir algo que nem mesmo compreendemos bem? Algo que precisou de 14 bilhões de anos para se desenvolver? Sim, porém ainda não atingimos esse grau de evolução que nos permitirá colocar a cabeça para fora do aquário. Estamos, talvez, fadados a "resolver" os problemas que nós mesmos criamos nessa realidade própria.

 

Mas parece que mudanças estão acontecendo...

 

Na minha concepção, nosso salto de evolução não se dará unicamente pela Educação. É preciso algo a mais, algo de extraordinário, que não seremos capazes de controlar. Um processo evolutivo, natural, não reproduzível pela nossa raça.

Vez ou outra ouvimos notícias de crianças com altas habilidades (muitas vezes consequência da condição de Autismo) nas áreas de exatas, linguística, nas artes, nos esportes. Viram do avesso e destrincham tudo aquilo que lhes surgem como hiperfoco. São humanos nitidamente com capacidades extraordinárias.

O Universo primitivo evoluiu e tudo indica que o número de crianças com Autismo também está crescendo. Darwin explica!

Alguns estudos mostram que mais de 40% das pessoas dentro do Espectro de Autismo (TEA) podem possuir altas habilidades e, para as próximas gerações, o número de crianças dentro do espectro tende a aumentar.

Se assim for, teremos mais e mais pessoas com altas habilidades morando nesse pequeno ponto pálido azul - que chamamos de Terra - nos próximos séculos.

Além das altas habilidades, são frequentemente serem humanos sensíveis não somente ao ambiente (luz, ruído, texturas, alimentos) mas também com as outras pessoas. São compassivos e protetores. Eles sentem os sentimentos dos outros e tem pouca aptidão para mentiras e ironias.

Se tem algo que eles sabem muito bem é que limites não são obstáculos intransponíveis. Limites são oportunidades de crescimento. Frequentemente, desde muito pequenos já travam batalhas com aquilo que são menos eficientes em busca da superação.

Qual o nosso papel como seres sem esse superpoder? O nosso papel é dar lugar e condições para essas crianças se desenvolverem plenamente, entendendo que talvez sejam o caminho mais rápido para a nossa evolução.

Os desafios são muitos, pois somos uma raça que cria condições para viver baseadas na média daquilo que somos. Nossas políticas educacionais, de saúde e assistência afetiva são todas baseadas no ser humano médio. Infelizmente, nós, de maneira inconsciente, estamos sempre definindo como todos devam ser para que sejam alguém ou para que tenham alguém. Acolher e compreender o diferente, sem buscar sua normatização, embora imprescindível, na prática se torna bastante difícil. Isso precisa mudar para mudarmos nossa realidade.

Inclusão vai muito além de leis e normas de conduta. A verdadeira inclusão tem a ver com ser percebido e respeitado como parte de um todo, se sentir igual mesmo sendo diferente, se sentir especial como todas as outras pessoas. Por fim, cada um de nós é um ser único e precioso. Como dizia Carl Sagan: “somos todos formados por poeira de estrelas”, com uma pitada de algo extraordinário.



Nosso planeta Azul


A verdadeira evolução virá, mas ela virá
Do Homem que fala com olhar
Do Homem que sente a brisa passar
Que conversa com as folhas, com a Lua e com o mar.
Que rega na imaginação uma flor de cor azul.
Sonhando com um mundo com mais afeição
Com Homens que tenham grandeza
A grandeza de um menino
De um menino Azul.


@AstronomiaNoCerrado

Astronomia, Determinismo e a boa vida

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